sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Observador Universal

1) Na experiência da dupla fenda, um elétron emitido, ao atravessar a fenda, interfere consigo mesmo, ou seja, assume comportamento de onda, e projeta no telão, infinitas possibilidades de localização. Cada particula possui todas as possibilidades de sua localização, na forma de onda, como propôs David Bohm; ou seja, tem em si, um mapa do Universo. E toda função de onda tem a trajetória daquela particula e de todas as suas possibilidades, portanto, ao mesmo tempo, a particula está se deslocando num campo, e contendo, em si, todas as possibilidades de localização do Universo. Essa impossibilidade de medição simultânea da posição e momento com incerteza zero, foi o que se tornou famoso como Principio da Incerteza de Heisenberg.

Logo, se o Universo é uma grande função de onda, ele contém o observador material (como a particula), a inteligência humana, como possibilidade, e está contido na mente desse observador. O Universo está na mente do observador e o observador está no Universo. Por isso, Everett diz que enquanto não é medida uma função de onda evolui sem colapso, mas se alguém a observa, cria um universo paralelo, com uma duplicata de si. Nós somos duplicatas ou reações de outro observador, em outro tempo e espaço. Existiriam infinitos universos paralelos.

2) No entrelaçamento quântico, necessariamente, temos dois universos, conforme o resultado da medição, para cada observação. Tudo está conectado no Universo, independente da distância o que indica um campo material imaterial, além do tempo e do espaço.

3 ) Na Escolha de Wheeler, verificamos que o observardor, ao decidir fechar a fenda, afeta o passado, ou cria o passado, portanto, o presente nosso, é causado por um futuro, que é causado pelo seu futuro, chegamos ao limite em que haverá um Observador fora do tempo, que conhece todas as possibilidades temporais do universo, e decide qual a que será efetivada.Se existe um observador que escolhe a sequência do universo, ele tem todas as possibilidades na sua mente, observa os outros observadores ao infinito. E cada observador observa a si mesmo ao infinito também.

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Se ao medir a posição de um fóton, afetamos a posição de outra particula entrelaçada, instantaneamente, em qualquer distância, e se ao fechar a fenda na Experiência de Wheeler, fazemos um fóton voltar e refletir no espelho por onde já havia passado, podemos concluir que nós, hoje, somos fruto de um fator causal no futuro, mas como o futuro depende de algo num outro futuro, a causa do universo é atemporal, e se ao medir a posição de um fóton afetamos a outra, no sentido simétrico inverso, em qualquer distância, podemos concluir que existe um agente que atua além dos limites do espaço e do tempo, que não é material, portanto, que atua de foram inteligente, e que é atemporal e aespacial, necessariamente. Vive num eterno presente, sendo o nosso tempo e espaço apenas conceitos lógicos que utiliza nessas ações. Se na função de onda existem "n" observadores diferentes, somente um observador imaterial pode colapsar a função de onda, sabendo o resultado, prévio, e transmitir a todo o Universo, quebrando o ciclo vicioso de uma função de onda que gera um observador que causa o seu colapso, e tambéma criação de "n" universos diferentes para cada estado fundamental. Sem aobservação a função de onda evolui sem colapso, conforme a equação de Schrodinger

Quando o elétron se transforma em onda e interfere consigo mesmo na dupla fenda, ou quando o fóton, que é um componente de uma onda eletromagnética colide com um elétron, que é outro componente de uma onda eletromagnética, ocorre o fenômeno da auto-interação, ou da auto-referência, nesse momento, a particula quebra a simetria da função de onda do elétron e determina a sua posição, ou trajetória num campo, que está no próprio elétron, como um conjunto de possibilidades suas. A função de onda salta para um dos seus estados fundamentais, ao interagir com outro campo, ou componente de campo, que segue uma trajetória. Da auto-interação no campo fundamental, originou-se a quebra de simetria que deu origem a um universo com as nossas caracteristicas, e não foi aleatória. Se fosse alaetória, o universo seria caótico; existe um Campo Universal que assegura coerência ao universo, e que prevê o surgimento do observador inteligente, nos termos do Principio Antrópico. O Campo Universal tem o observador no seu interior e o observador tem o campo nele, o Observador se observa no homem.

Colisão de ondas gera partícula. Colisão de possibilidades gera objeto definido no espaço.

Colisão de partícula com onda, gera trajetória. Definição de objeto material no espaço e no tempo.

Colisão de partículas com particulas geram outras particulas ou ser absorvida pela outra (fóton com elétron, fóton com próton)

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Na leitura solipsista, cada sujeito conhrece a si e ao universo segundo sua leitura, segundo aquilo que aparece para ele, na leitura platônica, haveria um conceito universal, e as particularidades seriam ilusões, transitórias, passageiras, só o universal existiria. No primeiro caso, temos mônadas como propôs Leribniz. O problema é que existe coerência na realidade, então deve necessariamente haver um fator univesal comum, seja uma função de onda na qual todas as possibilidades se realizam ou uma Consciência Universal

Na filosofia temos : nominalistas de um lado e univesalistas, o real é a idéia, como dizia Platão, de outroLeibniz (mônadas) e Hegel, o absoluto na história, sob muitas faces.O absoluto que vai se conhecer como tempo, ele pode não saber ou não querer saber tudo dando origem a história.Goswami é platônico, existe o Mundo das Idéias de Platão


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O Amigo de Wigner coloca o problema do momento do colapso ou da ocorrência do colapso, a TCC radicaliza a questão declarando que é necessário um Observador Universal para colapsar e transmitir a todo o Universo, concretizando a realidade material, somos criados pela função de onda e colapsamos a mesma, isso implica num paradoxo do efeito ser a causa, e, consequentemente, é preciso algo superior à matéria para solucionar o impasse e garantir a coerência da realidade, pois se o meio ou os observadores colapsassem a função de onda, existiriam n universos.

As particulas são virtualidades, possibilidades, que só se concretizam quando são observadas, ou seja, o que existe são funções de onda que colapsam, e geram partículas. Energia é a propriedade de campos que permite a mudança de estado ou a realização de trabalho, e que se conserva por invariância de transformação de simetria por transladação temporal.